Carros BR

Opinião do dono: Corolla 2011

É com muito orgulho que apresentamos o primeiro artigo da série Opinião do Dono no Carros BR. A série, como o próprio nome já diz, tem como finalidade apresentar os pontos altos e baixos dos carros dos leitores do nosso site.

A primeira opinião é do leitor Ricardo Okada, dono de um Toyota Corolla 2011 versão XEI. No texto, ele primeiramente compara o atual modelo (2011) com o antigo (2007), no qual também foi dono. Veja abaixo a opinião de Ricardo sobre o conforto oferecido pelo carro, nível de ruído, desempenho, câmbio e consumo.


Tentarei demonstrar minhas impressões acerca do Corolla, da forma mais racional possível, fazendo um comparativo entre dois anos-modelos que já possuí: um XEI 2007 automático, adquirido usado com cerca de 31 mil km (e vendido com cerca de 65 mil km) e um XEI 2011 2.0, adquirido 0 km, estando hoje com pouco mais de 7 mil km rodados. Todas as observações foram feitas sob a ótica de um motorista comum.

Conforto Houve pequena diminuição no nível de conforto. No modelo 2007, sentia-me mais bem acomodado, tanto com relação ao braço esquerdo (no apoio da porta), como na posição do volante, que regulava em posição mais baixa que o atual 2011. Em movimento, nota-se também que o modelo atual ficou com a suspensão mais dura, não possuindo a mesma sensação de maciez apresentada no modelo 2007. Em contrapartida, houve um ganho no modelo 2011 com relação à regulagem em distância do volante, item inexistente no modelo 2007.

Nível de ruído Houve melhora perceptível, ajudada em grande parte pelo aumento de torque em baixa rotação proporcionado pelo motor 2.0. Em deslocamentos na cidade, a faixa de trabalho normal oscila em torno de 1.500 a 1.900 rpm, privilegiando tanto o baixo nível de ruído (como também o de consumo, conforme abaixo). Em velocidade de rodovia (por volta dos 110 km/h), fica mais perceptível o ruído provocado pelo atrito dos pneus. Já no modelo 2007, talvez pela calibragem da suspensão (ou em decorrência da marca de pneu, pois o anterior era Michelin XM e o atual é Pirelli P7), tal tipo de ruído aparentava ser menor.

Desempenho Houve melhora perceptível em nível de torque, possibilitando que o acelerador seja bem menos solicitado, tanto nos trajetos urbanos como nos de rodovia. O modelo 2007 já "deslanchava" de forma bem satisfatória, sem precisar "afundar o pé", característica essa melhorada no modelo 2011 2.0. Neste, é possível deslocar-se satisfatoriamente utilizando apenas cerca de 15% do curso total do acelerador, ou seja, apenas "cutucando-o".

Câmbio Houve melhora também, por conta da adoção do modo sequencial, tanto na alavanca do assoalho como também por meio das borboletas no volante. Estas têm-se mostrado de grande valia quando é necessário realizar uma ultrapassagem, pois utilizando-as, não é necessário acionar o acelerador até o fundo, ganhando em agilidade, pois diminui-se consideravelmente o tempo de retardo na redução de marcha. Importante notar também o aumento de suavidade na troca de marchas, no modelo novo.

Consumo Houve pequena melhora também, em termos proporcionais, pois no modelo 2007 (motor a gasolina), com ar-condicionado em 95% do tempo, o consumo apresentava-se em torno de 10,4 km/l. Já no 2011 (motor flexível, mas usando somente gasolina comum), com mesmo uso de ar-condicionado, o consumo apresenta-se nesse mesmo nível. Já consegui fazer média de 1 tanque inteiro, rodando somente na cidade, de 11 km/l, com esse motor 2.0. Ressalto que calculo a média completando o tanque (desde a reserva) até o desarme automático. Embora o modelo 2011 possua computador de bordo, constatei que nesse dispositivo a média de consumo tem apresentado variação em cerca de um a quatro décimos de km/l, para mais ou para menos, em relação aos meus cálculos. A nível ilustrativo, a última média realizada foi de 11,87 km/l (média aferida pelo CB: 11,5 km/l), rodando 636 km no total, sendo 260 km de estrada (cerca de 40%, velocidade em torno de 110 a 120 km/h, com ar-condicionado ligado em 50% do tempo) e o restante na cidade (com ar-condicionado ligado em cerca de 90% do tempo).

Características negativas

  • com lotação máxima (4 a 5 pessoas), eventualmente raspa-se a parte de baixo do parachoque traseiro em subidas de rampa. No modelo anterior, raspava-se a parte do assoalho nas passagens de lombadas.
  • baixa durabilidade dos discos e pastilhas de freios, tendo sido necessário troca-los com uso médio de 20 mil km. (não sei se isso decorre do carro ser automático, mas é um fato que tem me incomodado no modelo 2007, pois esperava que a vida útil desses componentes fosse maior, tendo em vista que pratico a direção defensiva. No 2011 ainda é um item a se verificar).
  • os vidros elétricos não sobem ao travar-se as portas, no comando do controle remoto do alarme (desde o modelo 2007). No atual, é necessário ficar segurando o botão de travamento no alarme, para fechamento dos vidros.

Texto por Ricardo Okada.


Corolla 2007 e 2011

Comparação entre o antigo e atual carro de Ricardo, ambos Toyota Corolla em versão XEI.

Muito obrigado, Ricardo, pela opinião. Se você também tem vontade de falar sobre seu carro, fique a vontade para mandar seu texto e fotos do seu carro. Para mais informações, entre em contato.